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Drag queen Tchaka comemorará 20 anos de carreira com maratona de 10 blocos

Tchaka Drag Queen (Foto: APOGLBT) - Tchaka Drag Queen (Foto: APOGLBT)
Tchaka Drag Queen (Foto: APOGLBT) Imagem: Tchaka Drag Queen (Foto: APOGLBT)

Colunista do UOL

11/02/2020 16h28

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Resumo da notícia

  • Tchaka criou um ainda um bloco com o próprio nome, que sairá dia 25
  • Num dos blocos, a drag dividirá o microfone com Gretchen e Rita Cadillac
  • Para conseguir apoio, Tchaka fez um vídeo que viralizou nas redes sociais

Uma das drag queens mais conhecidas de São Paulo, Tchaka comemorará 20 anos de carreira com uma maratona de Carnaval. A artista será atração de dez blocos, inclusive um que levará o seu nome. "Já iniciei uma dieta low carb e estou bebendo muita água para ganhar resistência", conta ela, que é conhecida como rainha das festas. "Nós bebemos muito na fonte dos bailes de do Rio de Janeiro, que tinham nomes como Isabelita dos Patins e Laura de Vison. A liberdade que o Carnaval nos dá nos permite nos expressar. A gente tem uma liberdade absurda atualmente e isso tem de ser comemorado."

Com desfile marcado para o dia 25, às 11h, o Bloco da Tchaka começará no Arouche e irá até o Copan. Entre as atrações, haverá dois DJs e quatro cantores, como a ativista transexual Renata Peron e Rairo, brasileiro campeão mundial de concursos de karaokê. Além disso, haverá um portal de glitter ecológico, feito com material biodegradável. "Quando pensei no bloco, resolvi que mesmo que não tivesse trio elétrico eu sairia no chão de qualquer jeito, com uma fanfarra", conta Tchaka, que publicou um vídeo pedindo apoio de pequenas empresas e viralizou. O bloco sairá com trio e apoio de marcas de maquiagem, sorvete e sabonetes.

Tchaka estará ainda em blocos como Banda do Fuxico, Minhoqueens, Unidos de Alphaville e Bloco da Diversidade. Neste sábado (15), a drag dividirá o microfone com Gretchen e Rita Cadillac no "Será Que É?". Isso sem contar as festas para empresas. Para aguentar a maratona, ela já tomou uma decisão: "Depois que a Pabllo Vittar nos libertou do salto alto, resolvi entrar na onda. Vou usar tênis e sandalinha em alguns dias. Uma drag pode continuar linda sem necessariamente estar de salto", diz ela, que em 2020 comemorará 50 anos de vida e ainda lançará um canal no YouTube e um filme chamado "De Repente Drag".

Para a artista, a comunidade LGBTQ tem vivido grandes momentos. "A gente mostrou que tem talento e pode estar também à frente das câmeras. Nós também podemos ser protagonistas", conta. "Se tem uma coisa que a comunidade LGBTQ tem nos últimos anos é coragem visceral, uma coragem de ser e estar. Quando me montei pela primeira vez, achava que o mundo ia acabar nos anos 2000 e estava recém-formada em Direito. Acabei nunca exercendo e me voltei para a arte. Hoje, não sou arroz de festa, eu sou a festa no arroz!"

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