Topo

Rio de Janeiro

Medo e muvuca: Pabllo Vittar desfila pela Beija-Flor e fala em ser rainha

Pabllo desfila na Beija-Flor como principal destaque do carro que critica a intolerância - Júlio César Guimarães/UOL
Pabllo desfila na Beija-Flor como principal destaque do carro que critica a intolerância Imagem: Júlio César Guimarães/UOL

Lais Gomes e Liane Rosa

Do UOL, no Rio

13/02/2018 08h15

A cantora Pabllo Vittar foi uma das atrações do desfile da Beija-Flor, que na madrugada desta terça-feira encerrou a passagem das escolas de samba do Rio de Janeiro na Sapucaí.

"Assisto ao desfile desde muito nova. Minha mãe e minha irmã são Mocidade doente e quando falei do convite eu disse: 'mãe, vou desfilar, mas não é pela Mocidade, é pela Beija-Flor, mas me assiste, por favor'", brincou a cantora um pouco antes do desfile.

Pabllo chegou ao sambódromo protegida por dez seguranças. A presença da estrela na concentração provocou uma grande muvuca entre os integrantes da Beija-Flor.

No carro alegórico, a alegria deu lugar à apreensão. A cantora ficou apavorada com o balanço da alegoria. “É seguro? Estou com medo, balança”, disse.

Depois da passagem pela avenida, a cantora tem outros planos. "Acho chique ser chamada pra rainha. Se me chamarem eu venho com certeza. Samba no pé eu já tenho", afirmou Pabllo, que aponta Sabrina Sato, da Vila Isabel e da Gaviões da Fiel, como a melhor rainha de bateria do Carnaval.

Muito trabalho

O Carnaval não foi só folia para Pablo Vittar. A cantora diz ter trabalhado e muito, durante a festa. “Cheguei para o desfile da Beija-Flor praticamente sem dormir. Fiz dois shows ontem (domingo 11), acordei e corri para experimentar a roupa que iria usar no desfile e amei por ser maiô”.

Destaque em um dos carros alegóricos da escola que, neste ano, falou sobre intolerância, desigualdade social e corrupção, Pablo opinou sobre sua fantasia, que tinha as cores da bandeira LBGT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).

"A fantasia representa o amor. O arco-íris é o que tem na bandeira que eu carrego, que eu defendo. Acho que as pessoas têm mudado mais a consciência sobre a intolerância. Estão com a cabeça aberta. Aberta para o amor, para a nossa arte e eu fico muito feliz por estar representando isso", finalizou.