Bloco Forrozin com participação de Gil bota folião pra dançar coladinho
O bloco Forrozin, da cantora Mariana Aydar, levou a alegria e a energia da música nordestina, com o xote, baião, o maracatu e o axé para o centro de SP, na manhã desta (12).
O desfile partiu da esquina da Avenida São João com Ipiranga, às 11h30, com a cantora Mariana Aydar cantando Sampa.
Sem aglomeração, muita gente aproveitou para dançar forró. Tinha casal dançando coladinho mesmo sob o forte sol da manhã.
Cláudia Rodrigues, mora no Guarujá e aproveitou essa segunda feira para subir a serra, para ver o show de Gilberto Gil anunciado no bloco. Por volta das 12h30 ainda não havia sinal do cantor, mas ela seguia animada.
"Estava esperando uma muvuca e tô aqui de boa", disse a foliona.
No bloco, realizado em parceria com a Casa do Baixo Augusta, estavam presentes o ator global Bruno Mazzeo, Guilherme Boulos, líder do movimento MTST, Zé Ed, vocalista do Tarados Ni Vc, Léo Madeira e Alê Youssef, fundador do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta.
A cantora Mariana Aydar, que estreou em um bloco no Carnaval de rua de São Paulo, levou o sanfoneiro Mestrinho e a banda As Bahias e a Cozinha Mineira para cima do trio com ela.
Nem a forte pancada de chuva que caiu no centro da cidade interrompeu a dança dos foliões em torno do trio.
Por volta das 13h50, o cantor Gilberto Gil chegou, protegido por seguranças e no meio do público, para a apresentação. Gil, homenageado no desfile de sábado (10) pela Vai Vai, mais uma vez causou comoção no Carnaval paulista.
Ele levantou os foliões com sucessos como "Expresso 2222", "Vamos Fugir" e "Eu Só Quero um Xodó", homenageando Dominguinhos. Outros clássicos do xote e do baião também entraram para o repertório.
"Os nordestinos são parte dessa força que São Paulo possui", disse o cantor durante a apresenação.
Engajamento
Mais uma vez o centro de São Paulo foi palco de protestos ao presidente Michel Temer. Diversas vezes o público soltou os gritos de "Fora Temer".
Maira Teixeira, trouxe duas amigas de Taubaté para o Carnaval de São Paulo, reconhece a politização de boa parte dos paulistanos no meio dos desfiles.
"Acho que também fica a marca da apropriação dos espaços na cidade. Houve uma tentativa de cercar e diminuir a amplitude dos blocos, mas o público resistiu e tomou as ruas".
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