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Em SP, Ludmilla reúne fãs de Pabllo Vittar e Gretchen em show em balada

Mateus Araújo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

01/02/2018 07h46

Aonde vai, Pabllo Vittar leva consigo uma legião de fãs apaixonados. "Pabllo Vittar é perfeita em tudo que faz", afirma a engenheira Vicciane Doza, um das centenas de pessoas que lotaram a Audio, em São Paulo, na noite de quarta (31), para assistir ao show da cantora, dona de hits como “Corpo Sensual”, atração da festa Fervo da Lud, junto com a cantora Ludmilla, que fizeram um pré-Carnaval em ritmo do pop e do funk.

Vicciane, assim como Pabllo, também é drag queen e se inspirou na famosa para começar a se apresentar em shows. “Comecei a ter coragem de me montar por causa dela, depois que ela surgiu. Já faz seis meses”, conta, esbanjando longos e volumosos cabelos louros. “Todo mundo me confunde com ela. E eu que mesmo parecer com ela.”

Pabllo Vittar caiu no gosto de muitos brasileiros e, segundo o estudante Vinicius de Paula Francisco, é "uma inspiração" para a população LGBT. Ele foi ao evento só para ver o show da cantora. "Ela mostra que ser gay não é doença, e que pode fazer sucesso. Eu tenho muito orgulho de tê-la como referência".

No show dessa quarta, a cantora subiu ao palco às 2h30, meia-hora depois do horário previsto, pressionada pelos gritos do seu público.

Foi pouco menos de uma hora de apresentação, em que Pabllo cantou seu repertório, rebolou, dançou e não se cansou de agradecer à plateia pelo carinho. "São Paulo foi a primeira cidade que me acolheu como artista", comenta, ela que foi interrompida varias vezes pelos gritos e aplausos da plateia. Três fãs furaram o bloqueio da segurança e subiram no palco; um deles pulou nos braços da cantora.

"Além da fama, ela também tem muita humildade", elogia a estudante Caterine García, que já conheceu pessoalmente Pabllo Vittar e garante que a artista é um exemplo de que as pessoas podem alcançar seus sonhos. “Ela também nos ajuda a combater o preconceito dentro de casa. E ao fazer sucesso também com as crianças, mostra para elas que, embora tenha nascido homem, pode ser quem quer.”

Embora tenha ido à festa por causa do show de Ludmilla, a assistente de compliance Aída Oliveira também se rende à fama de Pabllo Vittar. "Ela dá visibilidade à luta LGBT. É como Ludmilla que representa a mulher negra da periferia. Nesse caso, nós negros já temos uma luta antiga; enquanto os gays têm começado a conseguir sair do armário com mais força recentemente. Escancarou o armário", explica.

Depois de um show eufórico, Pabllo Vittar deixou o palco para que Ludmilla encerrasse a noite com funk e sofrência. A cantora Gretchen foi convidada especial e fez a plateia dançar ao som de “Cheguei” e o seu clássico “Conga, Conga, Conga”. “Eu cheguei acompanhada da rainha da internet”, comemora Ludmilla.