"Olha a cabeleira do Zezé. Será que ele é?". "O teu cabelo não nega, mulata". Em 2017, alguns blocos de rua do Rio de Janeiro e de São Paulo decidiram não tocar marchinhas politicamente incorretas.
Em São Paulo, Thiago França, da Espetacular Charanga do França, cortou "O Teu Cabelo Não Nega" do repertório, por conta de frases como 'Mas como a cor não pega, mulata / Mulata eu quero teu amor". No Rio, o corte dessas músicas é defendido pelo bloco Cordão do Boitatá e Céu na Terra.
Há quem considere toda essa discussão um exagero, como o compositor João Roberto Kelly, de "Maria Sapatão" e "Cabeleira do Zezé". Em entrevista recente ao UOL, ele disse que não fez nada com intenção de ofender. "Carnaval é uma grande brincadeira, a gente se fantasia de mulher, goza do careca, do barrigudo... Dentro desse contexto nada pode ser ofensivo", defende ele, que, por sua vez, crítica letras com palavrões e incitação a drogas e violência".
Por isso o UOL foi ao pré-Carnaval para saber: Carnaval é para zoar todo mundo ou piada com grupo já oprimidos, mulheres, negros e LGBTs, tem que acabar?
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