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Luiza Brunet festeja volta à Sapucaí encarnando guerreira: "É o que sou"

Giselle de Almeida

Do UOL, no Rio

29/12/2016 08h17

Quem é Luiza Brunet nunca perde a majestade. Fora do posto de rainha de bateria há quatro anos, seu retorno à Imperatriz Leopoldinense promete ser um dos destaques do Carnaval 2017. Com um macacão cor da pele e muita pintura corporal, a atriz e modelo reestreia na Verde e Branco de Ramos como destaque de chão, representando uma índia no enredo "A Mística Xinguana — O clamor que vem da floresta".

Saindo de um ano de altos e baixos, que inclui sua volta como a atriz com uma performance elogiada em "Velho Chico" e a acusação de agressão contra o ex-namorado, Luiza diz que está vivendo um "momento ótimo".

"Tudo que acontece na vida temos que passar. As coisas boas ficam, as ruins a gente deixa pra lá. O que eu vou representar na Avenida é uma índia guerreira, poderosa. Ela sobrevive aos combates íntegra e inteira. É o que eu sou", diz ela, que se diz feliz por também lançar uma linha de perfumes com seu nome em janeiro.

"Esses projetos representam uma mulher vitoriosa, envolvida com causas sociais, que passou por vários episódios e conseguiu se reinventar, sobreviver e ter dignidade. Estou duplamente feliz", diz.

Luiza Brunet na capa da revista "Claudia" - Fernando Louza/Divulgação - Fernando Louza/Divulgação
Luiza diz que vai manter a rotina de malhação até o Carnaval
Imagem: Fernando Louza/Divulgação

O convite para voltar à Marquês de Sapucaí não apenas como espectadora veio do presidente da Imperatriz, Luizinho Drumond, e do carnavalesco Cahê Rodrigues. O enredo mexeu com as raízes de Luiza, que achou que seria a hora de voltar.

"Disse a eles que me interessava porque tenho ascendência indígena, achei importante. Gosto de carnaval, esse ano será o 20º que vou desfilar. É muita coisa. Poder voltar é um presente", diz ela, admitindo a saudade.

Conhecida pela elegância na Sapucaí, Luiza explica que também não é dessa vez que o público a verá nua. "Vou estar vestida, a pintura é que vai dar a impressão de que faço parte dessa tribo. Desfilar nua nunca foi a minha praia. No meu primeiro Carnaval, em 1981, saí na Beija-Flor num carro pequeno, com um maiô bem comportado para a época. Desfilei anos na Portela, e as fantasias foram aumentando de tamanho com o tempo, usava um vestido curto, um esplendor maior. Sempre tinha a ver com enredo", afirma.

Praticante regular de exercícios físicos, a morena diz que não vai alterar a rotina de malhação para o Carnaval. "Minha preocupação é principalmente ter fôlego. Não vou ser madrinha de bateria, que exige que sambe o tempo todo e se movimente muito mais, nem vou ser musa. Minha intenção não é chegar aos pés da Viviane Araújo ou da Gracyanne Barbosa, que trabalham o ano inteiro para ficar com o corpo espetacular e exuberante. Meu corpo é mais longilíneo, malhado, mas sequinho", conta. 

Um retorno ao posto de rainha, por enquanto, está descartado. "Já não está mais nos meus planos", diz ela, que foi anunciada na quadra da agremiação no mês passado. "Imperatriz é uma escola que aprendi a amar e respeitar. Passei horas no ensaio, recebi um carinho enorme. Acho que marquei uma era na Imperatriz e senti ali a vontade da minha volta", diz ela, que ainda pretende investir na carreira de atriz no ano que vem.