A cada oito minutos uma mulher é vítima de algum tipo de agressão, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Mudar essa realidade depende de uma atuação em conjunto, que envolva todas as pontas da sociedade. É preciso, ainda, um olhar apurado para as especificidades dentro desse contexto. O coletivo "mulheres", afinal, é uma soma de diversos perfis, cada um com suas necessidades e realidades particulares.

A seguir, você vai conhecer o trabalho de três brasileiras que lutam, há anos, para combater a violência contra mulher. Cada uma delas tem o olhar voltado para um grupo especial. No Rio Grande do Sul, Carol Santos milita em nome das mulheres com deficiência. Em Altamira, no Pará, Dandara Rudsan começou sua atuação para defender as negras. E, no Amazonas, Elizângela Baré batalha em nome das indígenas.

Todas concorrem ao Prêmio Inspiradoras, na categoria Conscientização e Acolhimento. A premiação é uma iniciativa de Universa e do Instituto Avon, que tem como missão descobrir, reconhecer e dar maior visibilidade a mulheres que se destacam na luta para transformar a vida das brasileiras. São 21 finalistas, divididas em sete categorias. Além de Conscientização e Acolhimento, tem também: Inovação em Câncer de Mama, Informação para vida, Acesso à Justiça, Equidade e Cidadania, Esporte e Cultura e Representantes Avon.

Saiba quem são elas

Carol Santos

Depois de tomar um tiro desferido pelo ex-namorado, Carol Santos ficou paraplégica. Há 21 anos, ela precisa de uma cadeira de rodas para se locomover. Depois de um período de adaptação e aceitação, tornou-se militante pela acessibilidade em Porto Alegre (RS), onde mora. Em 2014, fundou o Inclusivass, movimento de defesa das mulheres com deficiência. Entre as conquistas do movimento estão, por exemplo, a aprovação de uma lei municipal prevendo equipamentos adaptados para exames médicos em mulheres com deficiência nas unidades básicas de saúde.

Dandara Rudsan

Mulher travesti, Dandara fundou o Coletivo Transamazônico LesBiTrans, que tem o objetivo de garantir os direitos da população LGBTQI+ na região de Altamira (PA). Ela também criou o Núcleo Estratégico de Direitos Humanos e Promoção da Paz (Nepaz), que acolhe mulheres vítimas de violência. Desde a criação, em 2019, o Nepaz já prestou atendimento a 294 mulheres, principalmente vítimas de homotransfobia e violência doméstica. Além de escuta e aconselhamento, o Nepaz auxilia na judicialização, na abertura de boletins de ocorrência e na mediação de conflitos.

Elizângela Baré

Indígena da etnia Baré, Elizângela conquistou mais autonomia para o Departamento de Mulheres Indígenas do Rio Negro da Foirn por meio de captação de recursos. Isso possibilitou ao departamento expandir sua atuação de 400 para 750 comunidades. Ela fez parcerias que possibilitaram a produção e larga distribuição de uma cartilha sobre violência doméstica e sexual. Durante a pandemia, lançou a campanha Rio Negro, Nós Cuidamos, que distribuiu mais de 800 mil cestas básicas, máscaras e kits de higiente às comunidades. Conseguiu ainda a implantação de 15 pequenas Unidades de Atenção Primária Indígena (UAPIs) na região para atender pacientes de Covid-19.

O que vem pela frente

Para escolher suas favoritas, basta clicar na votação a seguir. Está difícil se decidir? Não tem problema: você pode votar quantas vezes quiser. Também vale fazer campanha, enviando este e os outros conteúdos da premiação para quem você quiser. Para saber mais detalhes sobre a votação, é só consultar o Regulamento.

No mês que vem, durante dos 21 dias de enfrentamento à violência, uma série de lives com as finalistas de todas as categorias vai debater este e outros temas relacionados ao universo feminino. Dá para acompanhar as novidades no portal Universa e em nossas redes sociais.

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