SMIC diz que não consegue atender demanda, cita escassez de chips e sanções
Por Josh Horwitz
XANGAI (Reuters) - A chinesa Semiconductor Manufacturing International (SMIC) não consegue atender à demanda de cliente e suas fábricas estão operando com capacidade total há vários trimestres, disse a empresa nesta sexta-feira.
Zhao Haijun, co-presidente-executivo da maior fabricante de chips da China, fez a declaração em teleconferência após a divulgação de resultados trimestrais. Ele também disse que as sanções externas seguirão afetando o crescimento da receita.
No quarto trimestre, a SMIC reportou vendas de 981 milhões de dólares, aumento anual de 16,9%. No entanto, a empresa espera que a receita aumente pouco menos que 10% em 2021.
"Sem essas influências, a SMIC poderia ter mantido o ritmo de crescimento recorde do ano passado", disse Zhao. "Embora não possamos controlar as forças externas, vamos cultivar novas possibilidades diante da crise e das mudanças do setor."
A SMIC é uma peça-chave nos esforços da China para desenvolver suas capacidades de fabricação de semicondutores, mas as sanções do governo Trump impediram as empresas norte-americanas de fornecer à companhia.
Zhao acrescentou que a empresa segue em negociações com fornecedores e com o governo dos EUA para obter licenças que lhe permitam adquirir equipamentos para aumentar a produção.
A SMIC é participante importante na cadeia global de fornecimento de semicondutores, que está sob forte pressão à medida que o isolamento causado pela pandemia aumenta a demanda por eletrônicos, como notebooks e telefones.
Fabricantes de automóveis de todo o mundo foram pegos de surpresa pela escassez de chips, e empresas como a General Motors e a Stellantis anunciaram que reduziram a produção e dispensaram milhares de funcionários.
Zhao disse que a SMIC não sentiu muita pressão por chips no setor automotivo, mas que em outras áreas a empresa está sob intensa pressão.
Ele acrescentou que, no que diz respeito a preços, a empresa honra contratos com seus clientes de longo prazo, mas que as mudanças no mercado deram à empresa muito espaço de negociação, o que seus clientes entendem.
(Por Josh Horwitz)
((Tradução Redação São Paulo))
REUTERS AAP
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