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Influencer italiana é acusada de incitar menina de 10 anos ao suicídio no TikTok

Pixabay
Imagem: Pixabay

Em Roma

28/01/2021 11h54

Uma 'influencer' siciliana, de 48 anos, foi acusada de incitação ao suicídio de uma menina de 10 anos que morreu enquanto participava de um desafio viral na rede social TikTok, anunciou a polícia italiana nesta quinta-feira (28).

"Os investigadores da Polícia Postal (...) encontraram na rede social TikTok um link que leva ao perfil de uma influencer siciliana, no qual se pode ver o vídeo de um 'desafio' entre um casal que aparece com o rosto completamente coberto, incluindo boca e nariz, com uma fita transparente que os impede de respirar", explica a nota da polícia.

"É um vídeo extremamente perigoso porque pode ser visto por todos os usuários, sem nenhum tipo de restrição, e pode ser imitado por menores (...), portanto foi eliminado da plataforma TikTok", continuou a mesma fonte.

A influencer siciliana costuma publicar vídeos com desafios desse tipo, o que a tornou muito popular, alcançando 731.000 seguidores.

Sua popularidade é tanta que um usuário escreveu: "Olá... se me responder, juro que me jogo da janela".

Suas contas nas redes sociais foram bloqueadas e estão sendo investigadas pela polícia.

Na semana passada em Palermo (Sicília, sul), Antonella, de 10 anos, morreu asfixiada depois de participar do chamado "desafio do apagão" no banheiro de sua casa, onde amarrou um cinto em volta do pescoço com o objetivo de ficar sem respirar o maior tempo possível, enquanto gravava a cena com seu celular no TikTok.

"Blackout challenge" é o desafio proposto que consiste em que as crianças interrompam a respiração até desmaiar e, com isso, vivenciar fortes sensações. Todo ano provoca acidentes, alguns fatais.

O caso comoveu a Itália e a Autoridade para a Proteção de Dados Pessoais ordenou bloquear temporariamente o acesso ao TikTok aos usuários cuja idade não for comprovada.

A idade mínima para se registrar legalmente no TikTok é de treze anos.

Devido à tragédia, a mesma autoridade pediu ao Facebook e Instagram para também verificar o acesso de menores a essas duas redes sociais.