Parece que o Globo de Ouro aprendeu a lição depois de esnobar várias diretoras em 2020 e não indicar nenhuma delas na categoria de melhor direção.

Este ano, dos cinco concorrentes na disputa, três são mulheres.

São elas:

Emerald Fennell, por "Bela Vingança"; Regina King (sim, a atriz de "Watchmen"), por "Uma Noite em Miami", filme do Amazon Prime Video; e Chloé Zhao, por "Nomadland". Ela é, também, a diretora de "Os Eternos", filme da Marvel que tem estreia prevista para o fim do ano.

E elas chegam mais do que qualificadas à disputa.

"Uma Noite em Miami" teve uma passagem muito elogiada pelo Festival de Veneza de 2020 —e Regina King fez história ao se tornar a primeira mulher negra a ter um filme exibido nele.

"Nomadland", por sua vez, venceu o Leão de Ouro do festival, e disputa também os Globos de Ouro de melhor filme e melhor atriz, para Frances McDormand.

"Bela Vingança", que fez alarde no Festival de Sundance, também concorre nas duas categorias, com Carey Mulligan na de atriz.

E isso é histórico no Globo de Ouro.

Antes disso, só cinco mulheres haviam sido indicadas em direção: Ava DuVernay (Selma), Kathryn Bigelow (Guerra ao Terror e A Hora Mais Escura), Barbra Streisand (Yentl e O Príncipe das Marés), Jane Campion (O Piano) e Sofia Coppola (Encontros e Desencontros).

Dessas, a única a vencer foi Streisand, por "Yentl". E isso foi lá em 1984.

Desde 2015, quando DuVernay concorreu, o Globo de Ouro não havia indicado nenhuma mulher na categoria de direção. Tanto que Natalie Portman, na cerimônia de 2018, fez questão de anunciar os concorrentes dizendo "aqui estão todos os homens indicados".

Agora, resta ver se os outros prêmios da temporada vão seguir o mesmo caminho.

Estamos de olho!