Topo

Doria diz que não há prazo para volta do futebol e outros esportes em SP

Governador João Doria (PSDB) durante entrevista coletiva - ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Governador João Doria (PSDB) durante entrevista coletiva Imagem: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

05/06/2020 13h51

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse hoje que não há data para o retorno do futebol e de outros esportes no estado. Em entrevista coletiva concedida no Palácio dos Bandeirantes, o político tucano afirmou que o tema tem sido analisado pelo Comitê de Saúde.

"Todas as medidas do governo de São Paulo são amparadas na saúde, mas com diálogo com os envolvidos. Não há uma posição definida sobre o prazo para o retorno do futebol e outros esportes", afirmou.

Já Carlos Carvalho, médico e membro do Comitê de Contingência, disse que esteve contato com as federações e que espera a apresentação de protocolos de saúde para saber se um retorno será possível.

"Temos contato com as federações. Estamos esperando que elas apresentem os protocolos dos clubes para colocarmos em discussão de forma mais detalhada se vai ser possível voltarmos com os campeonatos", afirmou.

"Temos trabalhado em duas frentes. Temos um grupo estudando como o vírus pode ser disseminado em corrida, bicicleta, futebol ou basquete. Devemos levar nas duas próximas semanas para discussão no Comitê de Crise para embasar uma sugestão de uma eventual abertura desse tipo de atividade, se for seguro e possível", acrescentou.

Os clubes paulistas têm se posicionado contra a volta do futebol neste momento. Recentemente, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, divulgou uma carta aberta dizendo que "o futebol não pode se antecipar ao controle da pandemia".

No final do último mês, os presidentes dos quatro grandes de São Paulo se reuniram para debater um novo pacote de redução salarial durante a pandemia. Uma possibilidade levantada foi a de uniformizarem a porcentagem de corte nas quatro equipes.

No entanto, o assunto ainda é considerado prematuro para que se tome uma medida padrão nos clubes. Até porque a realidade financeira entre as grandes equipes é bastante diferente — o Palmeiras, por exemplo, tem as finanças mais saudáveis do que os outros três.

O Campeonato Paulista foi paralisado quando ainda restavam duas rodadas para o fim da primeira fase.