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Vencer e convencer A convocação do Ronaldo, da Inter, antes dele jogar várias partidas durante os 90 minutos, retrata a preocupação do técnico brasileiro com o jogo contra o Chile. A contusão muscular do jogador nessa quinta-feira, durante a partida da Inter contra o Brasov da Romênia, pela Copa da UEFA, deve afastar o jogador da partida pelas eliminatórias. Após as excessivas trocas de jogadores, feitas por Luxemburgo e Leão, a maioria da imprensa e dos torcedores pediu a definição de um elenco e time. Foi o que Scolari fez. Porém, os jogadores escolhidos não são os que a maioria quer. Não há dúvidas que Dida está entre os melhores goleiros do Brasil, mas ele não joga há muito tempo. Rogério Ceni, Júlio César, Velloso e outros estão em grande forma. Serginho é superior ao Júnior, mas o técnico da seleção conhece melhor o ex-jogador do Palmeiras. Esse é um de seus critérios de convocação. Antônio Carlos não é excepcional, mas é superior ao Edmilson, convocado para o lugar do Roque Júnior. Eduardo Costa é um jogador comum e inexperiente. Há melhores em sua posição, como Mauro Silva, Djair, Gilberto Silva e outros. Não se sabe também por que Juninho Pernambucano não foi convocado. Ele é um dos poucos armadores brasileiros que sabem defender e atacar com eficiência. Emerson e França foram as novidades na convocação dos jogadores que atuam no Brasil. Cinco zagueiros foram chamados para apenas uma partida. Não há necessidade de tantos. Emerson é um zagueiro comum, do mesmo nível do Cris, Roque Júnior e outros. França, que merecia a convocação, só foi lembrado porque Ronaldo provavelmente será cortado. Poucas pessoas concordam com as preferências do técnico. Argumentam que não há muita diferença de qualidade entre esses e outros jogadores. É verdade. Também é verdade que, nesse momento em que há poucos jogadores excepcionais, pequenos detalhes não podem ser desprezados. O programa de qualidade total, empregado pelos japoneses no desenvolvimento de sua indústria, copiado pelo mundo, nada mais é do que a valorização dos pequenos detalhes. Juntos, eles promovem ótimos resultados. Além disso, a principal crítica ao técnico não é sobre os jogadores convocados, mas principalmente porque não houve progresso da seleção sob o seu comando. Na última entrevista coletiva, Scolari disse que os jogos contra Uruguai, Paraguai e Argentina eram muito difíceis e, daí, o comportamento tático excessivamente defensivo. Agora, contra equipes mais fracas, a postura será outra. É outro bom argumento. Vamos ver na prática. A torcida e a imprensa não desejam apenas a classificação (essa é uma obrigação), mas também um bom futebol. Tostão escreve no UOL Esporte com exclusividade às quintas-feiras; para ler colunas anteriores, clique aqui.

P.Você acha que o Ronaldo merece a convocação? Não seria essa uma medida de um técncio que já está se sentindo classificado e pensando na Copa do Mundo? Miguel Soares R.Car Miguel, penso o contrário. A convocação do jogador representa a ansiedade e preocupação do técnico com o jogo contra o Chile. P.Você não acha que a volta do Ronaldo à seleção é uma manobra de marketing, já que ele mal voltou a jogar? Euclides Ayala R.Caro Euclides, prefiro acreditar que o Felipão apenas tinha esperanças de que o Ronaldo estivesse em boas condições para jogar. Sua contusao muscular, nessa quinta-feira, na partida pela Copa da Uefa, praticamente afasta o jogador da partida contra o Chile.