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Novos tempos

Na convocação dos jogadores brasileiros para o jogo contra os Estados Unidos, Leão enfatizou que quer formar logo um time, um elenco, com uma postura ofensiva. Isso é muito bom.

Gostei da ausência de jogadores que quase sempre estiveram presentes nas listas do Luxemburgo, como Flávio Conceição, Marcos Assumção, Zé Roberto, Sávio, Élber, Amoroso, João Carlos, Evanílson, César Sampaio e outros. César Sampaio poderia ser testado na função de um terceiro zagueiro.

Leão convocou seis atacantes. Talvez, para chamar atenção aos novos tempos de ousadia. Não precisava tanto. No máximo, três jogarão no ataque. Para o primeiro jogo, nenhum reserva para a lateral foi chamado. Edmilson não é lateral.

Rivaldo e Roberto Carlos, não convocados por causa da partida entre Barcelona e Real Madrid, no mesmo dia, provavelmente serão chamados para o amistoso contra o México. Já deveriam ter sido convocados para o segundo jogo, independentemente do resultado e atuação dos jogadores, já que são, teoricamente, titulares da seleção.

Antônio Carlos, da Roma, não é excepcional, mas está em sua melhor forma. Deveria fazer parte do elenco. Cris ainda é uma incógnita e Edmilson é fraco para seleção.

Três atacantes são bem-vindos, mas não entendi a escalação do Christian ao lado do Romário. Têm a mesma função. O reserva do PSG vai atrapalhar o Baixinho. Já acharia estranho a presença do Christian na reserva do Romário. Melhor que ele existem vários, como Guilherme, França, Jardel, Luizão e muitos outros do mesmo nível espalhados pelo Brasil.

Juninho Pernambucano não foi convocado. Não está jogando, mas continua treinando. Romário também não joga há muito tempo, assim como Silvinho e Christian, reservas de suas equipes na Europa. Serão titulares na primeira partida.

O melhor da entrevista e da convocação foi o ausência da pose, prepotência, chatice e falta de transparência do técnico anterior.

Tostão escreve no UOL Esporte com exclusividade às quintas-feiras;
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P.Até agora não entendo por que o Rei Pelé se juntou com Ricardo Teixeira. O que você acha disso?
Fernando Pascoal


R.Por causa das ofensas que um já fez ao outro, todos nós estranhamos a união. O Pelé disse que é para salvar o futebol e o Ricardo Teixeira alega que está arrependido de sua conduta anterior na presidência da CBF e do distanciamento da entidade com o Pelé. Ninguém acredita que o motivo da reconciliação seja apenas esse. Se o Pelé quiser participar ativamente da direção do futebol brasileiro, deveria abandonar seus negócios no esporte. Não é ético e dará motivo para dupla interpretação.

P. O Eurico Miranda não é santo, porém, há de se reconhecer que nenhum dirigente de clube no Brasil luta tanto pelos direitos de seu clube como ele. O senhor não acha que a imprensa é cínica em não apontar que a esmagadora maioria dos cartolas é corrupta e rouba seus clubes?
Leonardo Ribeiro


R.Já escrevi que vários outros dirigentes fazem o mesmo que o Eurico e posam de bonzinhos. A agressividade do presidente do Vasco acaba ficando mais explícita. Existem evidências óbvias (é só ler e ouvir) de que profissionais da imprensa são coniventes e ou associados a dirigentes de clubes. Se isso não for ilegal, é antiético e prejudica o futebol.