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Brasileiros na Copa Libertadores

Como se esperava, os times brasileiros vão bem na Copa Libertadores, com exceção do São Caetano. A equipe do ABC perdeu vários jogadores, o encanto do ano passado e paga um alto preço pela inexperiência.

Ao contrário da seleção, os times brasileiros têm jogadores e táticas definidas. Além disso, a maioria dos adversários é fraca. Os principais jogadores dos times, principalmente da Argentina, Uruguai e Paraguai, atuam fora do país. Pela tradição e pela boa equipe, o Boca Juniors será novamente o maior adversário do Brasil.

O Cruzeiro venceu os quatro primeiros jogos. O time está muito bem treinado pelo Felipão, organizado, guerreiro, ofensivo e com bons jogadores. O grande destaque da equipe é o jovem e já experiente Geovanni. Ele aprendeu com o técnico a se colocar para receber os lançamentos e aproveitar sua habilidade e velocidade. O jogador também finaliza, passa e cruza bem. Se continuar assim, brevemente estará na seleção brasileira.

O Palmeiras está classificado para a segunda fase, mas não agrada. O time precisa melhorar muito para disputar o título da Libertadores e do torneio mundial, na Espanha, em agosto.

Alex, Felipe e Lopes são os destaques da equipe. Alex está mais vibrante em campo, e Felipe, menos indisciplinado. O lateral está aprendendo a driblar no momento certo e no campo adversário. Quando o Palmeiras joga com três zagueiros, Felipe tem mais liberdade para atacar.

O técnico Celso Roth insiste em escalar três volantes sem talento no meio-campo. Lopes, jogador habilidoso, guerreiro e veloz, não pode ficar na reserva do Palmeiras.

O Vasco, já classificado, enfrenta o América de Cali, nesta quinta-feira, com o time desfalcado. O time carioca se sustenta no talento de seus três jogadores de frente: Romário, Juninho Paulista e Euller. Falta o outro Juninho. Com os quatro, o Vasco foi campeão brasileiro e da Mercosul no ano passado.

O treinador Joel insiste numa formação tática defensiva, utilizando também três volantes. Enquanto todo mundo procura jogar ofensivamente, como faz o Cruzeiro, Vasco e Palmeiras preferem o excesso de cautela.

De qualquer maneira, a Libertadores mostra que o futebol brasileiro piorou, mas não tanto. Ainda é um dos melhores do mundo. Dificilmente não teremos uma equipe brasileira na final.

Tostão escreve no UOL Esporte com exclusividade às quintas-feiras;
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P.Você acha, sinceramente, que o Brasil é o país do futebol?
Thiago Rafael Domeníci


R.Não. Já foi. Atualmente, o futebol brasileiro é o mais faltoso e violento do mundo. Após a Copa de 70, o Brasil só ganhou o Mundial de 94 e, mesmo assim, não agradou. O país nunca ganhou uma medalha de ouro nas Olimpíadas. Houve também grandes títulos como vários Mundiais de clubes e a Libertadores. O futebol está equilibrado em todo o mundo. O Brasil está entre os melhores, mas não é o melhor.

P. Caro Tostão, se você fosse o técnico da seleção brasileira, o que faria de melhor para melhorá-la. Qual seria sua escalação?
Bruno Ballico


R.Adotaria um esquema mais ofensivo, com três zagueiros, sendo um na sobra, quatro no meio-campo e três atacantes. Mais importante que o desenho tático é jogar pressionando o adversário. Minha escalação: Rogério, Antônio Carlos, Lúcio e um terceiro zagueiro que não sei quem seria. Cafu, Emerson, Ricardinho do Corinthians ou Juninho Pernambucano e Roberto Carlos. Na frente, Marcelinho, Romário e Rivaldo. Marcelinho e Rivaldo avançados pelas pontas, mas com liberdade no ataque.