E agora?

Olimpíada é adiada pela primeira vez na história e desafio é saber como ficará o esporte em 2021

Adriano Wilkson, Demétrio Vecchioli e Karla Torralba Do UOL, em São Paulo EDGARD GARRIDO

A maior competição esportiva de 2020 adiou as medalhas de ouro pela saúde: a Olimpíada de Tóquio será oficialmente em 2021. Em meio à resistência para mudar a data de um evento que custou bilhões, venceu o bom-senso.

Sem conseguir treinar, atletas se juntaram e divulgaram apelos pelo adiamento - para entender, leia o depoimento do vice-campeão mundial de natação, Bruno Fratus. A eles seguiram federações esportivas e comitês olímpicos.

O Comitê Olímpico Internacional seguiu relutante, reafirmando o compromisso com a data de 24 de julho a 9 de agosto. A postura só começou a mudar após a manifestação da federação de natação dos Estados Unidos, uma das principais do mundo, pedindo a mudança.

Depois, a lista cresceu: comitês olímpicos importantes, como os dos EUA, da Austrália e do Brasil, pediram a mudança. A situação ficou insustentável quando começaram as ameaças de boicote: o Canadá avisou que não iria ao Japão em 2020. Aí não teve jeito e governo do Japão e COI cederam.

O combate ao coronavírus muda o calendário olímpico de forma vista apenas três vezes na história. Em 1916, 1940 e 1944, a Olimpíada foi cancelada por causa das duas Grandes Guerras Mundiais. Era um cenário de devastação, no qual países lutavam uns contra os outros.

Agora, o combate é a um vírus que já matou milhares pelo mundo — e deve matar muito mais até o ano que vem. As estruturas esportivas que antes serviam para treinamento viraram hospitais de campanha, como o brasileiro Pacaembu, ou até necrotérios, como o Palacio de Hielo, em Madri, na Espanha. E as forças armadas agora mobilizam esforços para salvar vidas.

Os atletas, que já tinham saído da cena das competições ao redor do mundo e espremiam a criatividade para treinar o máximo possível dentro de casa em meio à pandemia, ganham a tranquilidade de poder cuidar da saúde, da família e da mente até que o Covid-19 seja controlado e uma nova data para os Jogos Olímpicos seja marcada — hoje, o comitê organizador dos Jogos fala apenas em realizar os jogos "até o verão de 2021" (no hemisfério norte, o verão começa em junho).

E agora?

Com o adiamento, ainda há perguntas a serem respondidas sobre o calendário e quais atletas estarão aptos a disputar o evento no ano que vem. Ainda não existe, por exemplo, uma data oficial da cerimônia de abertura ou critérios de qualificação.

Como ficam as seletivas? Muitas delas foram adiadas desde janeiro por causa do coronavírus. Quem está classificado conseguirá chegar em alto nível ano que vem? Mais: quem estava classifico segue classificado? Quem não teria chance em 2020 por lesões terá sucesso em 2021? E como ficam as punições por doping que impediriam alguns de competir em 2020?

O calendário

Christophe Dubi, diretor dos Jogos no COI, já avisou que existem duas alternativas para a data da Olimpíada: primavera ou verão no hemisfério norte (outono ou inverno no Brasil). Isso significa uma janela que começa em março e vai até setembro.

"Aconteça o que acontecer, será um trabalho de titãs analisar calendários esporte por esporte. Também tem que ver a disponibilidade, principalmente do parque hoteleiro e dos grandes centros de congressos que deveriam, por exemplo, hospedar a central de mídia", explicou Dubi ontem.

A primeira janela (entre março e junho) pode ser um bom período do ponto de vista climatológico, evitando o forte calor que levou o COI a mudar as provas de maratona e marcha atlética de Tóquio para Sapporo. O problema é que, nessa época, o calendário de futebol europeu e da NBA, de basquete, por exemplo, estão no seu auge.

Também será necessário contar com a realização da Eurocopa e da Copa América, que adiadas para o ano que vem, de 11 de junho a 11 de julho de 2021 — em um calendário de futebol já prejudicado pela pausa desse ano.

A segunda janela (junho a setembro) é a preferida. Para isso, existem dois problemas. O primeiro é, também, o calendário do que não foi adiado: em 2021, Mundiais dos dois principais esportes olímpicos seriam realizados. O de atletismo está marcado para o período entre 6 a 15 de agosto em Eugene, sede da multinacional americana Nike. O de natação, entre 16 de julho e 1º de agosto em Fukuoka (Japão).

O Mundial de Atletismo já anunciou negociações com os organizadores norte-americanos na segunda-feira para adiar. Para a Fina (Federação Internacional de Esportes Aquáticos), de acordo com uma fonte próxima à agência AFP, o adiamento não apresentaria problemas. "Você apenas tem que mudar as datas".

O outro problema é o custo de manutenção de todos os equipamentos por um ano. Foram planejados 43 locais de competição, alguns construídos especialmente para os Jogos, outros adaptados com estruturas temporárias e reformados. O adiamento trará problemas para a maioria. Antes do anúncio do adiamento, o COI havia enfatizado que "vários locais indispensáveis para os Jogos podem não estar disponíveis" em 2021.

É o caso, por exemplo, do novo Estádio Olímpico de Tóquio, com capacidade para 68.000 espectadores, que deve receber shows e outros campeonatos esportivos após o evento olímpico. Pior é o cenário da Vila Olímpica, que abrigaria os 11 mil atletas dos jogos. Segundo os promotores, 4.145 apartamentos serão vendidos. Um primeiro lote de 940 casas foi colocada à venda no ano passado e a maioria já foi comprada.

Alberto Pezzali/NurPhoto via Getty Images Alberto Pezzali/NurPhoto via Getty Images

As seletivas adiadas

Os critérios de classificação são decididos por cada federação internacional da modalidade, em conjunto com o Comitê Olímpico Internacional e o comitê organizador. Cada federação terá de decidir, agora, o que vai acontecer. Quem está classificado vai manter a vaga? Esse tema é delicado porque, em alguns países, as vagas são definidas por marcas. Por exemplo: atleta A poderia ser o melhor de seu país até junho de 2020, mas essa mesma marca pode ser superada por quatro atletas em junho de 2021. Quem iria para os Jogos nesse caso?

Além disso, muitos torneios classificatórios não foram realizados ainda. O primeiro passo é pensar em como vai ser o calendário de competições até o meio de 2021 e, depois, avaliar cada seletiva e quais resultados de 2019 e 2020 ainda valerão.

Risco de apagão no esporte brasileiro

Por aqui, o grande problema deve ser dinheiro. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, cortou investimentos no esporte olímpico/paraolímpico ao fim da Olimpíada do Rio e só renovou três contratos de patrocínio, com redução nos repasses: com as confederações de atletismo (CBAt) e ginástica (CBG) e com o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB).

Além disso, outras estatais, como Correio e Banco do Brasil, também apoiavam o esporte, com contratos até o fim de 2020, e não há nenhuma indicação sobre a possibilidade de renovação. Outra incógnita é o investimento privado: a maioria dos contratos de patrocínio, do COB, de confederações e de atletas, vence em 2020. Com a recessão prevista, um apagão financeiro do esporte brasileiro é possível.

REUTERS/Kim Kyung-Hoon

Quem pode ter chance

Considerada a mais completa ginasta brasileira, Rebeca Andrade sofreu grave lesão no ligamento cruzado anterior do joelho direito que atrapalhou sua preparação para os Jogos de Tóquio. O planejamento da atleta era de risco: conseguir a vaga poucos meses antes da competição e tentar uma medalha em julho de 2020. Com mais tempo para se recuperar e se preparar, ela vira uma das fortes candidatas à medalha para o Brasil.

"Fazer a Olimpíada colocaria vidas em risco. Eu vou ter mais tempo para me preparar e conquistar a minha vaga e agora fiquem em casa e seguros", disse Rebeca Andrade em vídeo após a confirmação do adiamento.

Sarah Menezes, campeã olímpica do judô em 2012, também viu uma luz para seguir com o sonho de mais uma Olimpíada depois de romper os ligamentos do músculo peitoral esquerdo em 2019, que a prejudicou na preparação e na busca pela vaga. Ela voltou a treinar apenas em 2020 e pensou em se aposentar pelas chances remotas de se classificar para Tóquio. Agora, será diferente. Com sorriso no rosto, Sarah comemorou o adiamento. "Foi muito importante pra mim. Vou ter mais tempo pra ganhar força e massa da minha lesão. Eu vou ter mais tempo para me preparar melhor. É esperar e continuar focada", ressaltou em vídeo.

Lucas Figueiredo/CBF

Adiamento pode excluir convocados mais velhos do futebol

Federações nacionais de futebol já entraram em contato com a Fifa e o COI para tentar resolver um impasse provocado pelo adiamento inédito dos Jogos. Como na competição de futebol são aceitos apenas três jogadores com mais de 23 anos por time, muitos atletas que estariam dentro do limite em julho deste ano não vão estar mais no ano que vem.

É o caso da última convocação da seleção brasileira. Na lista última de Jardine, 11 jogadores nascidos em 1997, data-limite para a inscrição nas Olimpíadas em 2020, mas fora se os mesmos critérios foram aplicados para 2021. Atletas como Lucas Paquetá, do Milan, e Matheus Henrique, do Grêmio, estão nesse grupo.

A reportagem do UOL Esporte apurou que federações nacionais como a da Austrália já solicitaram que Fifa e COI abram uma exceção e ampliem o limite de idade para contemplar os atletas que terão 24 anos no ano que vem.

Xinhua/Wang Ping

Uma potência olímpica sucumbe

Milhares de novos casos de infecção pelo novo coronavírus são identificados a cada dia nos Estados Unidos. A principal potência olímpica, política e econômica do mundo deve se tornar em alguns dias, de acordo com a OMS, o epicentro da pandemia no planeta.

Apesar de ter registrado seu primeiro caso em 19 de janeiro, o país sofreu com a dificuldade de testar a população e viu o número de infectados crescer muito na medida em que os exames ficaram mais acessíveis. Até ontem (24), mais de 49 mil pessoas haviam contraído o coronavírus no país.

A OMS estima que, hoje, cerca de 40% de todos os novos casos no mundo sejam detectados nos Estados Unidos, que já registrou infecções em todos os seus 50 estados e na capital, Washington DC.

O desafio americano na contenção do vírus é ainda maior porque há três focos de transmissão em diferentes regiões do país. Com a quarentena decretada pelas autoridades, foram fechadas escolas, parques, universidade, quadras, estádios e centros esportivos, o que mudou radicalmente a vida da população e dos atletas que se preparavam para o fim do ciclo olímpico.

A NBA foi a liga americana mais afetada pelo vírus, que infectou ao menos cinco de seus atletas. Diante da ameaça, que até ontem havia provocado 615 mortes do país, o comitê olímpico americano, um dos mais influentes do mundo, pressionou pelo adiamento dos Jogos. De acordo com uma pesquisa feita pelo comitê, 68 % dos atletas do país consideram que, se a Olimpíada fosse realizada ainda neste ano, ela não seria uma competição justa.

AP Photo/Manu Fernandez

Covid-19 no esporte olímpico

  • Cameron van der Burgh (foto), ex-nadador e campeão olímpico (África do Sul), 31 anos.
  • Christian Wood, jogador de basquete do Detroit Pistons (EUA), 24 anos
  • Dmitry Strakhov, ciclista russo, 24 anos
  • Donovan Mitchell, jogador de basquete do Utah Jazz (EUA), 23 anos
  • Earvin Ngapeth, jogador de vôlei do Zenit Kazan (Rússia) e da seleção francesa, 29 anos
  • Facundo Corvalán, jogador de basquete argentino do Real Canoe (Espanha), 21 anos
  • Fernando Gaviria, ciclista colombiano, 25 anos
  • Gedeón Guardiola, jogador de handebol do Rhein-Neckar Löwen (Alemanha), 35 anos
  • Jannik Kohlbacher, jogador de handebol do Rhein-Neckar Löwen e da seleção alemã, 24 anos
  • Kevin Durant, jogador de basquete do Brooklyn Nets (EUA), 31 anos.
  • Mads Mensah Larsen, jogador de handebol do Rhein-Neckar Löwen (Alemanha), 28 anos
  • Maique, jogador de basquete do Paulistano (Brasil), 26 anos
  • Marcus Smart, jogador de basquete do Boston Celtics (EUA), 26 anos
  • Martin Schwalb, treinador de handebol do Rhein-Neckar Löwen, 56 anos.
  • Maximiliano Richeze, ciclista argentino, 37 anos
  • Rudy Gobert, jogador de basquete do Utah Jazz (EUA), 27 anos.
  • Victor Lange, jogador de golfe sul-africano, 27 anos

Os números de Tóquio

Por que manter o nome Tóquio-2020 em 2021?

Se para, as estrelas do show, adiar a Olimpíada significa rever todo o planejamento de treinos, seletivas e competições, para os bilhões investidos por organização e patrocinadores a ordem é outra: percam o menos dinheiro possível com a mudança.

Uma das formas de perder menos dinheiro, seja trabalho, divulgação ou produtos já fabricados, é manter o nome dos Jogos como Tóquio-2020, mesmo com a competição em 2021. O ano ao lado da cidade-sede é mais que uma referência temporal, é uma marca que está sendo usada desde que o local foi escolhido para sediar o evento, em 2013.

"Tóquio-2020, como Rio-2016, é uma marca patenteada, licenciada, com muito dinheiro e vem sendo usada por patrocinadores e licenciadores há anos. O 2020, embora representasse o ano em que os Jogos seriam organizados, é a maior que uma referência temporal. É ligado aos contratos de patrocínio. Produtos licenciados e mídia fazem referência ao número. Não dá para que, no meio do processo, mudem para 2021. O ano vai mudar, mas a marca não pode mudar", explicou José Colagrossi, diretor executivo do IBOPE Repucom, empresa de pesquisa e retorno de exposição das marcas em mídia.

Para Colagrossi, no final, todos entendem que a realização em 2020 causaria mais problemas ainda. "No final, se [os Jogos] fossem realizados em 2020, a marca perderia, os Jogos perderiam, o prestígio seria arranhado. Teríamos competições sem países, por exemplo".

"Temos a sinalização para a comunidade internacional de que o adiamento não altera os próximos Jogos. Vão manter os ciclos olímpicos. Além disso, seria impossível refazer todos os pontos de contato com marcas oficiais utilizadas por toda a comunidade internacional. Uma mudança criaria um ambiente de ruído, com duas marcas circulando, o que geraria custos altos pois os obrigaria um reposicionamento em seus produtos oficiais e todas as comunicações, levando ao lixo muito do que já foi feito", explicou Bruno Maia, especialista em negócios e novas tecnologias e CEO da Agência de Conteúdo 14, parceira do COB e que trabalhou com o Rio-2016.

Keystone-France/Gamma-Keystone via Getty Images Keystone-France/Gamma-Keystone via Getty Images

Quando os jogos foram cancelados

Só a 1ª e a 2ª Guerra Mundial cancelaram os Jogos Olímpicos. Aconteceu três vezes, em 1916, 1940 e 1944. Antes de anunciar a mudança de datas, o COI foi logo se apressando em dizer que um cancelamento estava fora de cogitação. A guerra de hoje é bem diferente e os interesses para a realização de uma Olimpíada também.

Em 1916, Berlim se preparou para sediar a Olimpíada mesmo em meio à guerra porque não se acreditou que os combates durariam tanto. A Primeira Guerra Mundial, que começou em 1914, terminou apenas em 1918.

Em 1940, Tóquio também deixou de ser sede por causa de guerra. Primeiro, decidiu-se pela transferência de cidade para Helsinque, porque a capital japonesa enfrentava a Segunda Guerra Sino-Japonesa, entre China e Japão (1937 a 1945). O evento só foi cancelado quando a 2ª Guerra Mundial começou — o conflito foi de 1939 a 1945. A competição de 44 também não foi realizada.

"A demora [para o cancelamento da Olimpíada de 1940] se dava porque parte das consultas aos envolvidos era feita por correspondência. Com a dificuldade de se locomover e fazer uma reunião presencial, era preciso esperar pelas cartas", conta Kátia Rúbio, professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.

"Nos outros cancelamentos, ainda prevalecia o amadorismo na postura dos atletas e na estrutura olímpica como um todo. Havia investimento, mas nada que se compare a essa estrutura monstruosa que se tem hoje. Hoje, o cenário é muito diferente e é uma situação social que requer um consenso para que o resultado pudesse ser divulgado e por isso a demora das últimas semanas. Para acontecer fora do calendário, era preciso uma negociação entre os membros do conselho", completou.

AP Photo/Kurt Strumpf

Nem atentados pararam os Jogos

Com o esporte transformado em um grande negócio, nem mesmo atentados fizeram as Olimpíadas parar. Em 1972, 11 atletas israelenses foram mortos pelo grupo terrorista Setembro Negro, que invadiu a vila dos atletas durante os Jogos de Munique. A tragédia aconteceu em 5 de setembro de 1972 e a competição foi suspensa por apenas um dia.

"Quando tivemos a invasão da vila em 72, com a morte dos atletas, na época o Avery Brundage [presidente do COI na ocasião] foi muito categórico e disse 'um dia de luto, mas the show must go on (o show deve continuar)'. Seguiu o circo. Mas em 72, já se vivia uma coisa que hoje chamamos de Jogos Marrons, porque a estrutura conhecida como amadora já estava corroída. Já tinha contratos de gaveta celebrados, a força da Adidas e da Puma por trás de atletas. Ali não poderia parar porque já tinha um carrossel funcionando", conta Kátia Rúbio.

Quatro anos antes dos Jogos de Munique, centenas de estudantes foram mortos dez dias antes da Olimpíada de 1968, no México, no que ficou conhecido como Massacre de Tlatelolco. As forças armadas do país abriram fogo contra manifestantes reunidos que protestavam contra a realização dos Jogos.

O mais recente caso em que as Olimpíadas continuam a todo custo aconteceu em 1996, com o atentado à bomba no Parque Olímpico Centenário. Uma explosão matou duas pessoas e feriu mais de cem no meio das duas semanas de Jogos. "Em 1996, houve o atentado, teve uma situação, mas que não se compara com o atentado da vila de 72. O fato é esse. A gente tem um negócio que é único no planeta. E que é mobilizado por uma empresa, não dá pra negar a condição de empresa do COI. E, em nome dessa empresa, há que se fazer negócio. A vida segue", ressaltou Kátia.

O que vai acontecer no ano que vem, pelo ritual, já não é mais uma edição dos Jogos Olímpicos. É uma outra competição. Olimpíadas são tradições. No momento em que acontece a quebra da tradição, deixa ser Olimpíada. Terá uma competição, sim, porque a preservação da competição em 2021 é muito mais um interesse comercial do que a tradição de olímpica. O Japão investiu 2% do PIB dele nos Jogos. Não há seguro para cobrir a não realização. Então, puxa daqui e temos uma edição fake

Kátia Rúbio, pesquisadora olímpica e professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo

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