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Adiamento dos Jogos de Tóquio pode custar mais de R$ 13 bilhões

Yoshiro Mori, presidente do comitê olímpico Tóquio-2020, contabiliza prejuízos com adiamento - AP Photo/Shizuo Kambayashi
Yoshiro Mori, presidente do comitê olímpico Tóquio-2020, contabiliza prejuízos com adiamento Imagem: AP Photo/Shizuo Kambayashi

Do UOL, em São Paulo

25/03/2020 13h06

A decisão inédita de adiar uma edição dos Jogos Olímpicos pode gerar um custo adicional difícil de ser arcado pelo governo japonês. Para que Tóquio realize a Olimpíada em 2021, é estimado que sejam gastos mais de R$ 13 bilhões do que o previsto caso a competição fosse realizada neste ano.

A estimativa é do jornal japonês Nikkei, que prevê um custo de 2,7 bilhões de dólares. Antes do adiamento, que se deu por causa da pandemia de covid-19, o comitê organizador dos Jogos previa gastar 12,6 bilhões de dólares para custear a Olimpíada.

Além do desafio financeiro de custeio adicional, a publicação japonesa aponta outras grandes questões que terão de ser equacionadas para garantir a realização da Olimpíada em 2021: garantir o aluguel dos locais de competição, centro de imprensa e vila olímpica; oferecer saúde pública para atletas e espectadores; manter a economia japonesa saudável até os Jogos; e solucionar o impasse do reembolso de ingressos já vendidos.

"Pode haver muitos locais que já estão reservados para o ano que vem", disse Yoshiro Mori, presidente do comitê organizador, sobre a possibilidade de ter que renovar os contratos de aluguel.

Segundo Katsuhiro Miyamoto, professor emérito de economia esportiva da Universidade de Kansai, a perda para a economia japonesa pode ser de quase R$ 29 bilhões (640,08 bilhões de ienes) com o adiamento dos Jogos.