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Libertadores - 2021

Com gol de Fred, Fluminense empata com River na estreia na Libertadores

Fred comemora o gol de empate do Fluminense contra o River Plate pela Libertadores - Lucas Mercon/Fluminense
Fred comemora o gol de empate do Fluminense contra o River Plate pela Libertadores Imagem: Lucas Mercon/Fluminense

Caio Blois

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

22/04/2021 20h51

O Fluminense voltou à Libertadores após oito anos e estreou com um empate em 1 na 1 com o River Plate, da Argentina, que entrou na competição como um dos favoritos. Na noite de hoje (22), no Maracanã, os argentinos saíram na frente, mas o Tricolor mostrou força e arrancou a igualdade. Montiel, em cobrança de pênalti, abriu o placar ainda no início do jogo, e Fred deixou o dele no segundo tempo.

Com o resultado, as equipes têm, agora, um ponto na competição. Flu e River estão no Grupo D, que conta ainda com Junior Barranquilla e Santa Fe, ambos da Colômbia.

O Tricolor enfrenta, na próxima rodada, o Santa Fe, no Metropolitano de Techo, na quarta-feira. Já o River recebe o Junior Barranquilla. A equipe de Roger Machado volta a campo neste domingo, contra o Madureira, pelo Campeonato Carioca.

Flu mantém tabu

Com o empate, o Fluminense manteve o bom retrospecto em estreias na Libertadores. Esta é a sétima participação do Tricolor na Libertadores — também disputou em 1971, 1985, 2008, 2011, 2012 e 2013 — e acumula três vitórias e quatro empates.

Cazares aproveita chance e é o melhor do Flu

Com a atuação ruim de Nenê, pior em campo no Maracanã, Roger Machado deu oportunidade a Cazares. E o equatoriano aproveitou. Depois de sua entrada no decorrer do segundo tempo, o Fluminense foi outro time, com mais presença no ataque. O meia deu um bolão para o gol de Fred, quase fez um golaço e ainda levou perigo nos escanteios. Além do ídolo, que empatou o jogo, o camisa 18 foi o melhor do Flu na partida.

Nenê erra muito e vai mal

Após oito anos fora da Libertadores, o Fluminense sentiu o peso da competição nos primeiros minutos. Nervoso, o time errava muitos passes. Um jogador, em especial, estava muito abaixo do seu próprio nível: Nenê. Dessa vez com a camisa 11, o veterano de 39 anos estava em ritmo mais lento que os companheiros e errou tudo em campo. Não à toa, foi o primeiro a ser substituído, aos 11 minutos da segunda etapa. E viu Cazares desequilibrar.

River abre o placar em pênalti

O início da partida mostrou um Fluminense mais nervoso e com um pouco mais de dificuldades na construção das jogadas, enquanto o River Plate, de certa forma, empurrava o adversário para as cordas. Em uma dessas escapadas, ainda aos 10 minutos, a equipe argentina foi mortal. Borré recebeu em velocidade na área, nas costas da defesa, e foi derrubado pelo goleiro Marcos Felipe. Na cobrança, Montiel balançou a rede.

Montiel, do River Plate, cobra pênalti e abre o placar contra o Fluminense - Twitter Conmebol - Twitter Conmebol
Imagem: Twitter Conmebol

Resposta e equilíbrio

Após o gol, o Fluminense conseguiu igualar as ações e teve chances de empatar. Uma delas, com Nenê, que acabou mandando por cima após boa jogada de Luiz Henrique pela esquerda. À beira do gramado, Roger cobrava uma marcação que fizesse uma pressão maior na saída de bola do adversário.

A equipe de Gallardo, por sua vez, conseguia achar jogadores em meio às linhas de marcação tricolor, o que levava perigo nas investidas ao ataque.

Mudanças por 'novo gás'

As equipes voltaram ao segundo tempo sem alteração, mas com o River melhor. Para mudar o cenário, Roger Machado não demorou a fazer mudanças. Ele colocou Cazares na vaga de Nenê e Gabriel Teixeira no Kayky, o que fez Luiz Henrique ir para a direita.

Cazares pelo Fluminense - Lucas Mercon/Fluminense - Lucas Mercon/Fluminense
Cazares conduz a bola em duelo entre Fluminense e River Plate pela Libertadores
Imagem: Lucas Mercon/Fluminense

Sempre ele!

A alteração fez efeito. Minutos após as substituições, Fred tabelou com Cazares e invadiu a área batendo de primeira, empatando a partida. Este foi o gol 401 da carreira do camisa 9. Ele atingiu a histórica marca de 400 no duelo com o Nova Iguaçu, no último dia 11, pelo Carioca.

Flu melhora

Depois do empate, o Fluminense melhorou e passou a ter uma maior presença no campo de ataque. Inclusive, Lucca quase fez o segundo. Após lançamento de Cazares, ele entrou na área e foi derrubado na hora da finalização. O lance gerou muita reclamação dos tricolores, que pediram a marcação de um pênalti.

Cazares assusta

Já na reta final, Cazares quase virou a partida. Após levantamento para a área, a bola sobrou, o meia dominou e bateu colocado, mas Armani fez boa defesa.

Tite de olho

Tite, técnico da seleção brasileira, e auxiliar Cleber Xavier acompanharam a partida entre Fluminense e River Plate, no Maracanã - Caio Blois / UOL Esporte - Caio Blois / UOL Esporte
Imagem: Caio Blois / UOL Esporte

Tite, técnico da seleção brasileira, e o auxiliar Cleber Xavier estiveram em um dos camarotes do Maracanã nesta noite e acompanharam o duelo de perto.

Substituição na arbitragem

A arbitragem da partida sofreu mudanças pela manhã. Christian Schiemann, do Chile, árbitro assistente 1, e Eduardo Gamboa, do Chile, quarto árbitro, testaram positivo para covid-19 e foram cortados. Eles foram substituídos por Richard Trinidad, do Uruguai, e Andres Matonte, também do Uruguai, respectivamente.

FICHA TÉCNICA
FLUMINENSE 1 X 1 RIVER PLATE (ARG)


Competição: Copa Libertadores
Data: 22 de abril de 2021, quinta-feira
Horário: 19h (de Brasília)
Local: estádio Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Roberto Tobar (CHI)
Assistentes: Claudio Rios (CHI) e Richard Trinidad (URU)
Cartões amarelos: Yago Felipe, Fred, Martinelli, Lucca (FLU)
Cartão vermelho: -
Gols: Montiel, do River Plate, aos 12'/1T; Fred, do Fluminense, aos 20'/2ºT

Fluminense: Marcos Felipe, Calegari, Nino, Luccas Claro e Egídio; Martinelli (Wellington), Yago Felipe e Nenê (Cazares); Luiz Henrique (Lucca), Kayky (Gabriel Teixeira) e Fred (Abel Hernández). Técnico: Roger Machado

River Plate: Armani, Montiel, Paulo Díaz, Héctor Martínez e Angileri; Enzo Pérez, Palavecino (Simón), Casco (Girotti) e Julián Álvarez (Beltrán); Borré e De La Cruz. Técnico: Marcelo Gallardo