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Flu torce pelo Palmeiras em duas frentes por fase de grupos da Libertadores

Fluminense torce para o Palmeiras em duas frentes por vaga na fase de grupos da Libertadores - Lucas Merçon/Fluminense FC
Fluminense torce para o Palmeiras em duas frentes por vaga na fase de grupos da Libertadores Imagem: Lucas Merçon/Fluminense FC

Caio Blois e Thiago Ferri

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ) e em São Paulo (SP)

19/02/2021 16h42

Em quinto lugar no Campeonato Brasileiro, o Fluminense está na torcida especial por outro time neste final de temporada: o Palmeiras. Isso porque o sucesso do Alviverde no Brasileirão ou na Copa do Brasil pode colocar o Tricolor na fase de grupos da Libertadores.

No mata-mata, a relação é direta: o Verdão pode fazer o Flu a "pular" a pré-Libertadores. Basta que o Tricolor se consolide na quinta colocação e o Palmeiras bata o Grêmio na decisão. Assim, uma vaga direta é aberta para o Brasileiro, que teria um G5. Caso o Alviverde seja campeão, os cinco primeiros colocados se classificam automaticamente para a fase de grupos.

Já no Brasileirão, o Palmeiras pode contribuir com o Fluminense. Isso porque a equipe comandada por Abel Ferreira ainda enfrenta o São Paulo — em clássico hoje (19), às 21h30 — e o Atlético-MG, na última rodada, quinta (25), também às 21h30. O Tricolor precisa tirar dois pontos de diferença para um dos dois rivais para chegar ao G4.

Os são-paulinos têm um jogo a menos, mas enfrentam o Flamengo, na briga pelo título, na última rodada. Antes, duelam com o rebaixado Botafogo, na segunda (22), às 20h. Por isso, os rivais cariocas também podem ajudar o Tricolor.

Já o Galo, além do Alviverde, enfrenta o Sport, no domingo (21), às 16h. Para os atleticanos, basta não perder toda a diferença de dois pontos para o Flu.

De todo jeito, a equipe de Marcão não pode mais ser derrotada no Brasileirão. A primeira "final" do Fluminense é contra o Santos, no domingo (21), na Vila Belmiro, às 18h15. O Peixe também está em clima de decisão, já que, com uma vitória, pode se garantir na pré-Libertadores e definir os classificados do Brasil para a competição continental.

Há cenários de classificação do Flu até em caso de dois empates, mas para isso, o São Paulo precisa perder todos os jogos superando diferença de sete gols no saldo: hoje em 18 a 11 dos paulistas para os cariocas.

BOA RELAÇÃO ENTRE PRESIDENTES

Depois de divergências nos últimos anos no mercado da bola, Fluminense e Palmeiras hoje possuem boa relação entre as diretorias. Mário Bittencourt e Maurício Galiotte são próximos, e o mandatário do Flu chegou a apoiar o Verdão no processo para tentar impugnar a final do Campeonato Paulista de 2018, sob a alegação de interferência externa — na época, ele ainda não era o presidente tricolor.

Durante a pandemia do novo coronavírus, em setembro, os dirigentes se uniram com outros grandes clubes da Série A contra articulação da Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) e da prefeitura do Rio pela volta do público aos estádios.

Já nos anos anteriores, especialmente durante a gestão de Pedro Abad no Fluminense, o Tricolor e o Palmeiras se opuseram em negociações arrastadas. Primeiro com o atacante Richarlison, em 2017, que chegou a pedir para ficar fora do jogo contra o Verdão, pois queria trocar o Flu pelo time paulista — o negócio não deu certo e ele se transferiu para o Watford (ING).

Em 2018, após Gustavo Scarpa conseguir sua liberação do Fluminense por liminar na Justiça, o meia acertou com o Palmeiras. A equipe das Laranjeiras chegou a reverter a decisão nos tribunais, mas depois de meses de imbróglio chegou a um acordo com o armador e o Verdão.

Em 2007, quem se sentiu lesado foi o time alviverde, já que acertou um pré-contrato com Thiago Neves, que não o honrou e acabou renovando com o Flu. A história ficou marcada pelos R$ 400 mil que o Palmeiras pagou de luvas ao meia, que com o valor comprou uma BMW. O clube entrou na Justiça contra o armador para receber a quantia de volta.

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